Libertar as pessoas para fazerem o que se exige delas de maneira mais eficiente
Por: Paulo Nunes
Embora
existam múltiplas definições para a liderança, é possível encontrar
dois elementos comuns em todas elas: por um lado é um fenómeno de grupo
e, por outro, envolve um conjunto de influências interpessoais e
recíprocas, exercidas num determinado contexto através de um processo de
comunicação humana com vista à obtenção de determinados objetivos
específicos. As funções de liderança incluem, portanto, todas as
atividades de influenciação de pessoas, ou seja, que geram a motivação
necessária para pôr em prática o propósito definido pela estratégia e
estruturado nas funções executivas.
Um
aspecto importante neste conceito é a palavra influência em lugar de
imposição. De fato, é possível impor determinadas ações a um subordinado
quando se tem poder para tal. Contudo, é impossível impor a motivação
com que cada um leva à prática essa mesma ação. É esta motivação que a
liderança procura melhorar. Para um líder não é suficiente atingir os
objetivos da organização; é necessário que as ações desenvolvidas pelos
subordinados sejam executadas por sua livre vontade.
Max
De Pree, gestor da norte-americana Herman Miller Inc., faz uma outra
abordagem da liderança, colocando a ênfase na liberdade dos subordinados
e na serviciência dos líderes. Na verdade, este autor considera a
liderança como a arte de “libertar as pessoas para fazerem o que se
exige delas de maneira mais eficiente e humana possível”. Max De Pree
considera ainda que a primeira responsabilidade de um líder é a
definição da realidade e a última é agradecer; entre as duas deverá
tornar-se um servidor da organização e dos seus membros - é o contraste
entre os conceitos de propriedade e de dependência. Desta forma, a
medida de uma boa liderança encontra-se nos seus seguidores: quando
estes atingem o seu potencial, alcançam os resultados pretendidos e
estão motivados, é sinal de uma boa liderança.
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